Roberto Causo

Escritor Carlos Rocha resenha “Shiroma, Matadora Ciborgue”

“Shiroma, Matadora Ciborgue” vem recebendo resenhas elogiosas na Internet

 

O escritor Carlos Rocha é muito ativo como crítico literário do site Selo Multiversos Editorial, dando muita atenção à presente produção brasileira de ficção especulativa. Em abril de 2016, ele resenhou Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil, 2015), de Roberto Causo, o primeiro livro de histórias da heroína que partilha com Jonas Peregrino o Universo GalAxis.

 

Rocha começa admitindo que não tem lido muita ficção científica ultimamente, mas que, tendo resenhado o primeiro romance de Causo, A Corrida do Rinoceronte (Devir Brasil, 2006), e algumas de suas histórias dentro da série de fantasia heroica, a Saga de Tajarê, dirigiu seu interesse à coletânea com as aventuras de Shiroma.

Shiroma Matadora Ciborgue

Arte de capa: Vagner Vargas

“Li o suficiente de romances de autores estrangeiros de FC para dizer que Shiroma, Matadora Ciborgue, é um bom livro e que poderá agradar muito aos fãs de ficção científica”, Rocha escreve na sua resenha perceptiva e elogiosa.

E ainda: “[Protagonizado] por uma anti-heroína, letal assassina trans-humana, no caso, uma ciborgue, o livro é organizado numa sucessão de contos cronologicamente relacionados e que acabam dando ao conjunto da obra um aspecto de romance, mas com narrativa episódica. Entende-se que o autor, quando criou a obra, o fez por partes e ao longo do tempo, um conto de cada vez, até que a soma deles veio a configurar uma única publicação. Este fato leva à presença de alguns trechos com recapitulações, dentro de cada conto, mas que não chegam a incomodar.

“A ambientação é bastante interessante. Os contos se passam no século XXV, num futuro em que a raça humana está em expansão, colonizando mundos em zonas relativamente próximas à Terra. Neste cenário, há forte influência de corporações na política. Há registro de outras civilizações e raças inteligentes, mas que nesses contos, isso tem pouca relevância. Exceto por um dos contos, em que a assassina interage com uma interessante dupla de gneifohros, alienígenas inteligentes que lembram cães. Este livro ocorre no mesmo universo ficcional (GalAxis) do romance Glória Sombria e de outros tantos contos e noveletas…”

 

Conheça mais da avaliação de Carlos Rocha

“O livro começa com um conto de origem, protagonizado pela mãe de Shiroma, Mara Nunes, também uma ciborgue, mas de um modelo menos avançado. E daí para frente, seguimos a trajetória da filha, Bella Nunes. O tema central dos contos são as missões de Shiroma como assassina e o impacto disto em sua psique, de algum modo frágil, e sua própria forma de lidar com sua situação: a de ser uma espécie de prisioneira nas mãos de uma dupla de criminosos, Tera e Tiago, que são personagens recorrentes na trama. Em meio à ação, intrigas e perigos mortais, a protagonista tenta traçar seu próprio destino e se recuperar do trauma de ter sido tirada de sua mãe e de sua terra natal, além de perder a própria identidade e seu nome. Um dos aspectos instigantes da obra são os dilemas morais enfrentados por Shiroma.

“Shiroma é um tipo de ciborgue de tecnologia mais avançada e ainda desconhecida para o grande público, que mistura avanços nanotecnológicos e genéticos. Treinada desde criança para se tornar uma assassina implacável, há algo de humano que ainda ressoa em seu interior e que a impede de simplesmente agir sempre do modo que seus captores desejariam.

“Os contos possuem tonalidades diferentes, mas com um fio condutor em comum. Exceto um deles, no qual a protagonista não possui uma participação direta, sendo este tratado do ponto de vista de outros personagens, enquanto as ações de sua atuação são investigadas. E isso permite ao leitor um vislumbre diferente de outros aspectos constantes desta ambientação.

“Gostei o bastante para decidir que uma de minhas próximas leituras será o romance Glória Sombria, protagonizado pelo herói Jonas Peregrino, que é citado em um dos contos desta obra.”

 

Sem comentários até agora, comente aqui!

Roberto Causo no Encontro Alpha Fiction

O escritor divulgou seus livros Glória Sombria e Shiroma, Matadora Ciborgue, no evento trekker em 28 de fevereiro de 2016, e discutiu a situação da ficção científica no mercado editorial brasileiro.

 

Aconteceu em 28 de fevereiro o evento “Alpha Fiction: Ficção, Ciência e Literatura” na Biblioteca Mário Schenberg, Lapa, São Paulo, organizado por Silvia Reis e Douglas Camillo-Reis. Dentre as muitas atividades, um painel com os escritores brasileiros de ficção científica Ivan Carlos Regina (criador do Movimento Antropofágico da Ficção Científica Brasileira), Renato A. Azevedo, Márcia Lins Zotarelli e Roberto Causo, mediado por Silvia e Douglas.

Causo falou um pouco da história da ficção científica brasileira, do século XIX (o “Período Pioneiro”) até o presente (a “Terceira Onda da Ficção Científica Brasileira”), e divulgou os seus livros mais recentes, Glória Sombria (2013) e Shiroma, Matadora Ciborgue (2015), ambos parte do Universo GalAxis.

Entre as atrações dessa edição do Alpha Fiction, havia no palco um objeto de cena aludindo ao teletransporte da série clássica de Jornada nas Estrelas, no qual os participantes puderam tirar fotos, além da exibição de vídeos de séries de space opera (incluindo aí o reboot da série de animação japonesa Yamato/Patrulha Estelar) e um documentário científico sobre a recente descoberta das ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein.

 

Silvia Reis, Roberto Causo, Márcia Lins Zotarelli, Renato A. Azevedo e Ivan Carlos Regina

Silvia Reis, Roberto Causo, Márcia Lins Zotarelli, Renato A. Azevedo e Ivan Carlos Regina

Roberto Causo agradece a Silvia Reis pela oportunidade de participar do encontro.

 

Sem comentários até agora, comente aqui!

Shiroma no Somnium 112, do Clube de Leitores de Ficção Científica

“A Extração”, noveleta da série Shiroma, Matadora Ciborgue, foi publicada no Somnium N.º 112, especial de space opera, editado por Ricardo Miranda para o Clube de Leitores de Ficção Científica e lançado em dezembro de 2015.

 

Uma criação de R. C. Nascimento, o Somnium surgiu em dezembro de 1985, como o Boletim do Clube de Leitores de Ficção Científica. Mais tarde, um concurso interno mudou seu nome para Somnium, de acordo com a sugestão vencedora, feita pelo escritor de FC José dos Santos Fernandes. Somnium é o título de uma proto ficção científica escrita pelo famoso astrônomo Johannes Kepler (1571-1630) e publicada postumamente em 1634. A nova edição do Somnium, editada por Ricardo Miranda, traz textos de Clinton Davisson (atual presidente do CLFC), Flávio Medeiros Jr., Ricardo França, Santiago Santos e Simone Saueressig.

Em “A Extração”, um experiente embaixador negocia com uma casta guerreira ciborgue o contato com um general que perpetrou de atrocidades internacionais no passado, quando, no meio das negociações, esse homem é assassinado. O embaixador não sabe, mas a aventura lhe reserva um misterioso encontro com Shiroma. A noveleta também está no primeiro livro da heroína do Universo GalAxis, Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil; 2015).

 

Somnium 112

Somnium 112

Sem comentários até agora, comente aqui!

Primeira publicação do ano: artigo na revista americana Locus

Desde 1987, eu sou o correspondente brasileiro da publicação americana Locus—The Magazine of the Science Fiction and Fantasy Field, uma trade magazine voltada para o campo da ficção científica e fantasia, que traz entrevista, notícias, resenhas, listas de lançamentos e avaliações anuais.

Lamentavelmente, em 2015 eu pouco colaborei com a revista. Por isso fiquei feliz com o fato de minha primeira publicação de 2016, ainda em janeiro, ter saído na Locus: uma reportagem sobre a situação da ficção científica no Brasil, ao longo do ano anterior.

O artigo “International Report from Brazil” saiu na Locus 660, de janeiro de 2016. Menciona a visita do escritor americano Timothy Zahn, autor de séries de space opera militar e de romances originais de Star Wars, na Comic Con Experience do ano anterior — além de lançamentos recentes na área de ficção científica e fantasia, com destaque para autores nacionais como Leo Lopes, Alexey Dodsworth, Henrique Flory e Enéias Tavares. O outro terço da reportagem trata do evento “Encontro Irradiativo”, ocorrido em 7 e 8 de novembro de 2015, na Biblioteca Viriato Corrêa, em São Paulo e que se dedicou a promover a diversidade ética e sexual na literatura especulativa. O evento foi organizado pelos escritores Alliah, Jim Anotsu e Ana Cristina Rodrigues.

A Locus surgiu em 1968, como um fanzine mimeografado de notícias, criado por Charles N. Brown, Ed Meskys e Dave Vanderwerf, mas, pelas mãos de Brown, foi se profissionalizando ao longo dos anos. Ganhou incontáveis prêmios Hugo de Melhor Fanzine e Melhor Semi-Prozini. Brown — que esteve no Brasil em 1991 acompanhado de Frederik Pohl e Elizabeth Anne Hull — faleceu subitamente em 2007. A revista agora é tocada por Liza Groen Trombi. Em 2016, a redação mudou-se de Oakland, Califórnia, para San Leandro, no mesmo estado. Mantém um site muito bem informado: http://www.locusmag.com/

—Roberto Causo

Revista Locus

A Locus de janeiro de 2016

Sem comentários até agora, comente aqui!

Glória Sombria é indicado ao Prêmio Argos 2014

O primeiro romance da série As Lições do Matador é um dos indicados ao Prêmio Argos 2014, do Clube de Leitores de Ficção Científica e votado entre seus sócios

 

Glória Sombria

Arte de capa: Vagner Vargas

Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador foi um dos indicados para o Prêmio Argos 2014, um entre sete romances favorecidos pelos votantes. O prêmio, que está na sua sétima edição, é promovido pelo Clube de Leitores de Ficção Científica, uma associação de fãs que existe desde 1985, quando foi criada por R. C. Nascimento. Atualmente, o CLFC é presidido pelo escritor Clinton Davisson.

Segundo o release divulgado em 8 de setembro, “a cerimônia deste ano vai homenagear o escritor André Vianco conhecido por trazer para os vampiros para o cenário urbano do Brasil nos últimos anos. Um dos autores de literatura fantástica mais vendidos no país atualmente, Vianco receberá o prêmio pelo conjunto da obra.”

Davisson também declarou no release: “Acredito que o mais interessante este ano é termos nomes respeitados da ficção científica nacional como Roberto Causo e Octávio Aragão, mas que são poucos conhecidos do grande público, concorrendo com nomes famosos como Eduardo Spohr e Affonso Solano. Acho que vai ser uma briga boa e saudável. Acredito que tanto pode servir para quebrar o preconceito contra os chamados bons de venda, mostrando que foram analisados e votados por gente que entende do assunto, quanto para divulgar os autores que já fazem parte da história da ficção científica nacional, mas que podem e merecem ser apreciados por um número maior de leitores. Assim, quem sai ganhando é o leitor.”

Os outros livros indicados são obras de Affonso Solano, Eduardo Spohr, Fábio M. Barreto, Flávio Medeiros Jr., Octávio Aragão e Tibor Moricz. Saiba mais sobre o Prêmio Argos aqui.

Sem comentários até agora, comente aqui!