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Universo GalAxis Faz 15 Anos em 2023

Criado por Roberto Causo, o Universo GalAxis comemorou os seus 15 anos de existência em 2023.

 

 

O Universo GalAxis é composto das séries As Lições do Matador e Shiroma, Matadora Ciborgue. As séries são desenvolvidas como romances e histórias que acompanham os seus protagonistas — o oficial militar Jonas Peregrino, e a assassina e espiã conhecida como Shiroma. Elas se tocam em vários pontos, para se fundirem no futuro.

Embora a primeira história escrita dentro desse universo ficcional de space opera pertença às Lições do Matador, ele estreou em 2008 na revista Portal Solaris, editada por Nelson de Oliveira, com um conto de Shiroma, Matadora Ciborgue: “Rosas Brancas”. As Lições do Matador estreou no ano seguinte, com a noveleta “Descida no Maesltröm” na antologia Futuro Presente, também editada por Nelson de Oliveira.

Nestes 15 anos, o universo contabiliza a publicação de três livros, dois ebooks, e dezenas de histórias publicadas em antologias do Brasil e do exterior, e também em revistas como Scarium MegaZine, Terra Magazine, Somnium e Histórias Extraordinárias. Muito mais histórias virão, compondo a maior space opera da ficção científica brasileira.

Para marcar a data, o artista e designer Taira Yuji — fundador do Desire Studios e parte da Sociedade GalAxis que administra o universo — criou uma série de quatro wallpapers em cima de detalhes de ilustrações originais de Vagner Vargas (outro terceiro membro da Sociedade GalAxis) e Eduardo Brasil. Você pode baixar esses “papéis de parede” gratuitamente.

 

Wallpaper 15 Anos As Lições do Matador 1

 

Wallpaper 15 Anos As Lições do Matador 2

 

Wallpaper 15 Anos Shiroma, Matadora Ciborgue 1

 

Wallpaper 15 Anos Shiroma, Matadora Ciborgue 2

 

Nestes 15 anos, a trajetória do Universo GalAxis não seria a mesma sem o trabalho, a boa vontade e o talento de muita gente, que Roberto Causo deseja agradecer aqui:

Artistas: Vagner Vargas, Carlos Rocha, Sylvio Monteiro Deutsch, Diogo de Souza, Gomes Brown, Eduardo Brasil, Taira Yuji, Andres Ramos e Fred Macêdo.

Editores: Douglas Quinta Reis, Nelson de Oliveira, Marco Bourguignon, Bob Fernandes, Marcello Simão Branco, Duda Falcão, Cesar Alcázar, Rodrigo de Lélis, Erick Sama, Hugo Vera, Larissa Caruso, Rodrigo van Kampen, Ademir Pascale, Paulo Soriano, Valentim Fagim, Claudio Brites, Marcelo Bighetti, Rubens Angelo, Mario Cavalcanti, Marcus Garrett, Paolo Pugno e Artur Vecchi.

Agentes literários: Gabriela Colicigno e Sol Coelho.

Apoiadores e Interlocutores: Finisia Fideli, Roberto Fideli, Silvio Cesar, Tarsis Salvatore, Jorge Luiz Calife, M. Elizabeth Ginway, Ramiro Giroldo, Alexey Dodsworth, Luis Mauro, Sara Melissa, Ana Lúcia Merege, Camila Fernandes, Victor Vargas, Lívia Jeronymo Galvão, Daniel Fresnot, Edgar Smaniotto, Davenir Viganon, Paulo Vinícius, Sid Castro, Marissel Hernández, Dioberto Souza, Raul Habesch, Ricardo Celestino, Vítor Castelões Gama, Henrique Flory e Romy Schinzare.

 

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Na Feira do Livro, Simplesmente

Minha esposa Finisia Fideli e eu desfrutamos de um lindo fim de tarde no último dia (12 de junho de 2022) da Feira do Livro que aconteceu no estacionamento do ex-estádio municipal do Pacaembu. Nosso objetivo principal era o privilégio de conhecer pessoalmente Sandra Abrano, da Editora Bandeirola. O estande partilhado com outra editora estava meio que escondidinho. Precisamos ir à barraca de informações (onde conseguimos a versão do tabloide literário Quatro Cinco Um dedicada ao evento como o seu boletim diário), mas valeu a busca.

Sandra nos recebeu com muito carinho, conquistando a simpatia eterna da Finisia. Adquirimos o romance da Sandra, Vestígios: Mortes nem um pouco Naturais (2018), um finalista do Prêmio SESC — e de cuja existência eu nem sabia —, e ganhamos de brinde um dos cadernos inspiracionais da editora, Eu e Fernando Pessoa. Essa linha já havia chamado a minha atenção, em uma visita ao seu site.

Havia uma atividade na frente do estande, e Sandra nos contou que no dia anterior a colega Ana Rüsche estivera ali, falando do seu futuro lançamento, Filamentos: Ecologia e Ficção Científica no Antropoceno, com ensaios sobre um assunto extremamente importante para o futuro da humanidade e do planeta.

Cumprida a missão principal, Finisia e eu demos um giro e nos deparamos com o cantinho da Editora Cartola em outro estande partilhado. Chamou a atenção uma linha de antologias originais em capa dura, e eu adquiri O Mundo onde o Tempo Parou (2021), editada por Alec Silva (que eu conhecia da simpática antologia Estranha Bahia), e que pode ser a primeira antologia brasileira de histórias de mundo perdido (pendendo um exame mais detalhado). Eu conhecia a editora pela internet, especialmente a sua edição do pioneiro romance de ficção científica O Doutor Benignus (1875), de Augusto Emílio Zaluar, mas foi ótimo saber de suas outras publicações.

Nossa última parada foi o estande da Editora Patuá, pela qual publiquei em 2020 meu segundo livro de contos, Brasa 2000 e Mais Ficção Científica, parte da coleção Futuro Infinito, de Luiz Bras, o seu curador. Eu já havia observado, a essa altura, no Facebook que só me faltava a coletânea de Michel PeresHiperhelix, para completar a coleção, mas havia me esquecido da antologia original Violetas, Unicórnios & Rinocerontes (2020), editada por Claudia Dugim, que pude então adquirir, finalmente. O livro traz histórias de Alexandra Cardoso, Alexey Dodsworth, Camila Fernandes, Celso Duvecchi, Claudia Dugim, Cristina Lasaitis, G. G. Diniz, Naná DeLuca, Puri Matsumoto, Saren Camargo, Saskia Sá, Sol Coelho, Thiago Ambrósio Lage, Tiago Toy e Ton Borges. Note-se aí alguns nomes de grande relevo, no nosso campo.

A Feira do Livro nos pareceu bem organizada e com um clima legal, familiar e diverso. Nos estandes, um predomínio de literatura adulta e não ficção de cunho cultural, acadêmico ou para-acadêmico, e político. Ao que parece, o desastroso governo da extrema direita tem motivado avaliações apocalípticas (muito provavelmente não suficientemente apocalípticas quanto a realidade exige) e no calor do momento, além de uma ressurgência de estudos marxistas, feministas e identitários. Foi bom verificar que a cultura resiste, em uma tarde agradável, de céu crepuscular radioso, com direito a uma poética lua vaporosa no dia dos namorados.

—Roberto Causo

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Primeira resenha de “Shiroma” aparece em site feminista

“Shiroma, Matadora Ciborgue” é resenhado no site do coletivo Minas Nerds.

 

A escritora Camila Fernandes destacou os aspectos feministas do primeiro livro de histórias de Shiroma, para o site do coletivo Minas Nerds, dedicado ao fortalecimento da presença feminina na cultura nerd/geek.

 

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Em sua resenha, Camila Fernandes, uma das editoras de literatura do site Minas Nerds, enxerga o livro Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil; 2015), de Roberto Causo, como um romance fix-up, “formado por contos e noveletas que podem ou não ter sido inicialmente interligados”.

“Neste caso, com certeza fazem parte de uma história maior desde o começo”, escreve. “Contam a trajetória de alguém cuja vontade e identidade outros tentaram anular, para substituir com obrigações e objetivos que servem a conveniências alheias. Ou seja, a história de muitas mulheres da vida real. Só que Shiroma é uma pós-humana, alguém com capacidades físicas e intelectuais aumentadas – e muito, muito perigosa.”

“Em anos anteriores”, ela continua, “eu já havia lido alguns desses contos. Lembrava-me deles justamente por serem narrativas de ação centradas numa personagem feminina que não estava ali nem para ser salva, nem para servir às vontades românticas ou eróticas de ninguém. Das onze histórias, só uma não é contada do ponto de vista dela.”

Fernandes, autora do livro de contos Reino das Névoas: Contos de Fadas para Adultos e recente ganhadora do Prêmio Hydra criado por Christopher Kastensmidt, observa enfim, sobre Shiroma, Matadora Ciborgue: “Considerando que pessoalmente não sou muito afeita a histórias de ação, gostei do livro. As aventuras recheadas de colônias extraterrestres, espécies alienígenas, armamentos, nanotecnologia, conspiração, trans-humanismo e dilemas morais proporcionam uma leitura divertida.”

 

Shiroma Matadora Ciborgue

Arte de capa: Vagner Vargas

 

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