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Shiroma: A Leveza de uma Anti-Heroína

Shiroma: A Leveza de uma Anti-Heroína

por Romy Schinzare

 

Foto: Romy Schinzare

 

 

 A destacada contista Romy Schinzare narra nesta crônica literária a sua reação a Shiroma, protagonista da série Shiroma, Matadora Ciborgue, do Universo GalAxis, e como ela a inspirou a criar Diana, a robô feminina do conto epônimo de 2022. Romy Schinzare é autora das coletâneas Mandrágora (2017), Contos Reversos (2018) e Apócrifos do Futuro (2022), todas pela Editora Patuá.

 

 

 

Romy Schinzare

Cresci na época da popularização da TV. De uma família matriarcal, meu olhar logo se voltou para as mulheres mágicas que o pequeno aparelho levava até a nossa sala. Encantei-me com a beleza e força que carregavam: a Mulher-Maravilha, que tudo resolvia com o auxílio do laço da verdade; a astuta Jeannie, que bem sabia usar da magia para deixar a vida mais leve e suportável; e as peripécias de A Feiticeira e sua família peculiar. Neste último, muito me divertia a idosa tia Clara que, de forma encantadora, se atrapalhava ao fazer feitiços, obtendo resultados desastrosos e a paciência da sobrinha em corrigir tudo sem expô-la ao ridículo. Essa personagem idosa e imperfeita me cativava…

Esses e outros programas de ficção, contribuíram para minha leitura de mundo e de palavra e, sem dúvida, ajudaram a despertar em mim o amor e o prazer pela ficção científica. Talvez as heroínas nascidas em seriados de televisão ou que migraram das histórias em quadrinhos para este meio de comunicação tenham acalentado os sonhos de muitas meninas brasileiras na década de 1960 e atuaram como modelos de mulheres guerreiras, capazes de elaborar estratégias e de executá-las com competência, intervindo no mundo a seu redor, modificando-o enquanto se modificavam.

A esses seriados, e com o advento da escola, logo se somaram os livros. Os livros entram em nossa vida e nos fisgam, sem entendermos bem os labirintos que percorreram para nos encantar. Verdade é que chega um momento em que a gente diz: amo este livro! Pronto, a magia se fez para o autor e para o leitor. Assim aconteceu comigo e todos os livros de Agatha Christie. Claro, outros se seguiram, mas adentrei o universo da ficção e do mistério guiada pelas mãos dessa autora brilhante. O interessante é que crescemos e deixamos várias coisas pelo caminho, mas o encantamento fica ali, pronto para nos despertar da letargia cotidiana. Foi assim que Shiroma entrou em minha vida, como num déjà vu, no entanto, agora guiada pelas mãos de uma anti-heroína, de uma trans-humana, uma ciborgue implacável, impiedosa.

Shiroma é força, ação, revolta, vingança, amor e ódio. Shiroma é produto de uma tecnologia mais avançada, geneticamente aperfeiçoada, resultado de uma história pessoal e resposta à vida. Trans-humana usada, manipulada, consciente, inteligente, objetiva, Shiroma é o vulcão em erupção, jorrando lava acumulada por anos. Destruindo os caminhos por onde passa para, num momento bem próximo, fazer brotar novas vidas. Matadora que reúne em si a frieza e a sensibilidade. Pode-se observar a antítese na crueldade com que elimina seus alvos e na fragilidade e enfrentamento de dilemas pessoais através do contato com as vozes de sua mãe morta, Mara Nunes, ou a de si mesma quando menina, numa concha do mar que funciona como uma espécie de referência moral e ética em suas histórias.

A trama da anti-heroína está no livro Shiroma, Matadora Ciborgue, de Roberto Causo. Romance composto por episódios cronologicamente relacionados, ambientados no século XXV, época de expansão da raça humana através da colonização de outros mundos. A personagem vai sendo desvelada aos poucos aos leitores, enquanto executa missões ilegais que servem à conveniência de outros. Conflitos sociais e morais afloram na personagem durante este trabalho. Sente-se desconfortável com o papel que desempenha e questiona-se a todo o momento, pensando em como se livrar da condição de submissão a que está atrelada.

 

Shiroma inspirou diretamente a criação de minha personagem Diana, uma fembot implacável quando se trata de agir em prol de salvar seu povo da escravidão da indústria do cinema americano.” —Romy Schinzare.

 

Tudo tem início quando a anti-heroína sobrevive a uma emboscada armada pelos humanos Tera e Tiago, que termina com a morte de sua mãe e sua captura. Após o que, ainda menina, passa a ser criada e usada pela dupla que a escraviza e explora suas habilidades para transformá-la numa matadora profissional. Ela vai adquirindo consciência do lugar que ocupa, mas outros elementos a impedem de agir de imediato libertando-se de uma condição incômoda. Essa ânsia por liberdade, por poder traçar seu próprio caminho, chama a atenção nesta ciborgue.

Shiroma inspirou diretamente a criação de minha personagem Diana, uma fembot implacável quando se trata de agir em prol de salvar seu povo da escravidão da indústria do cinema americano.[1]  Numa comparação humilde, as anti-heroínas dialogam por serem “mulheres” que avançaram para além dos limites da vida, que rompem padrões pré-estabelecidos pela sociedade. Que correm riscos e buscam novas realidades e verdades. Às vezes más e odiadas, outras, boas e amadas. Que carregam em si sentimentos conflitantes numa clara demonstração de humanidade. Shiroma busca sua liberdade, rompendo o padrão de ter a identidade anulada por outros; Diana, a liberdade de seu povo. Ambas assassinas implacáveis, no entanto, a matadora ciborgue demonstra ser mais anti-heroína que a outra. Diana não tem um perfil tão bem delineado ou mesmo complexo quanto o de Shiroma. A vida de Diana dura um conto, a de Shiroma uma saga bem maior.

Traz um bem enorme à alma cruzar com uma anti-heroína na literatura. Saber que ser humano significa essencialmente ter imperfeições, falhas de caráter e motivações ambíguas. Saber que nem tudo é virtuosismo ou gravita entre as polaridades simples do bem e do mal. Desvelar nuances mais profundas do humano, que questionam e subvertem as expectativas culturais e sociais, gera em nós a reflexão sobre nossa própria moral e ética. A consciência de que as decisões humanas são complexas e podem exigir escolhas moralmente ambíguas faz bem. Essas personagens são dínamos dessa discussão.

Shiroma e Diana são isso. Esse convite a desafiar o pré-estabelecido, esse desafio à leitura confortável e simples de sujeito e de mundo. Agem dentro da complexidade de um contexto que exige cada vez mais que sejam travadas lutas internas conflituosas para que ocorram transformações e crescimento. Ambas são a viabilização ficcional da exposição do drama da opressão feminina. Shiroma conquistou posição de destaque definitivo na literatura brasileira, e torço para que continue inspirando reflexões sobre a condição feminina em outros leitores, como inspirou em mim.

Romy Schinzare

 

 

[1] No conto “Diana”. In Apócrifos do Futuro, de Romy Schinzare. São Paulo: Coleção Futuro Infinito, Editora Patuá, 2022.

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Universo GalAxis Faz 15 Anos em 2023

Criado por Roberto Causo, o Universo GalAxis comemorou os seus 15 anos de existência em 2023.

 

 

O Universo GalAxis é composto das séries As Lições do Matador e Shiroma, Matadora Ciborgue. As séries são desenvolvidas como romances e histórias que acompanham os seus protagonistas — o oficial militar Jonas Peregrino, e a assassina e espiã conhecida como Shiroma. Elas se tocam em vários pontos, para se fundirem no futuro.

Embora a primeira história escrita dentro desse universo ficcional de space opera pertença às Lições do Matador, ele estreou em 2008 na revista Portal Solaris, editada por Nelson de Oliveira, com um conto de Shiroma, Matadora Ciborgue: “Rosas Brancas”. As Lições do Matador estreou no ano seguinte, com a noveleta “Descida no Maesltröm” na antologia Futuro Presente, também editada por Nelson de Oliveira.

Nestes 15 anos, o universo contabiliza a publicação de três livros, dois ebooks, e dezenas de histórias publicadas em antologias do Brasil e do exterior, e também em revistas como Scarium MegaZine, Terra Magazine, Somnium e Histórias Extraordinárias. Muito mais histórias virão, compondo a maior space opera da ficção científica brasileira.

Para marcar a data, o artista e designer Taira Yuji — fundador do Desire Studios e parte da Sociedade GalAxis que administra o universo — criou uma série de quatro wallpapers em cima de detalhes de ilustrações originais de Vagner Vargas (outro terceiro membro da Sociedade GalAxis) e Eduardo Brasil. Você pode baixar esses “papéis de parede” gratuitamente.

 

Wallpaper 15 Anos As Lições do Matador 1

 

Wallpaper 15 Anos As Lições do Matador 2

 

Wallpaper 15 Anos Shiroma, Matadora Ciborgue 1

 

Wallpaper 15 Anos Shiroma, Matadora Ciborgue 2

 

Nestes 15 anos, a trajetória do Universo GalAxis não seria a mesma sem o trabalho, a boa vontade e o talento de muita gente, que Roberto Causo deseja agradecer aqui:

Artistas: Vagner Vargas, Carlos Rocha, Sylvio Monteiro Deutsch, Diogo de Souza, Gomes Brown, Eduardo Brasil, Taira Yuji, Andres Ramos e Fred Macêdo.

Editores: Douglas Quinta Reis, Nelson de Oliveira, Marco Bourguignon, Bob Fernandes, Marcello Simão Branco, Duda Falcão, Cesar Alcázar, Rodrigo de Lélis, Erick Sama, Hugo Vera, Larissa Caruso, Rodrigo van Kampen, Ademir Pascale, Paulo Soriano, Valentim Fagim, Claudio Brites, Marcelo Bighetti, Rubens Angelo, Mario Cavalcanti, Marcus Garrett, Paolo Pugno e Artur Vecchi.

Agentes literários: Gabriela Colicigno e Sol Coelho.

Apoiadores e Interlocutores: Finisia Fideli, Roberto Fideli, Silvio Cesar, Tarsis Salvatore, Jorge Luiz Calife, M. Elizabeth Ginway, Ramiro Giroldo, Alexey Dodsworth, Luis Mauro, Sara Melissa, Ana Lúcia Merege, Camila Fernandes, Victor Vargas, Lívia Jeronymo Galvão, Daniel Fresnot, Edgar Smaniotto, Davenir Viganon, Paulo Vinícius, Sid Castro, Marissel Hernández, Dioberto Souza, Raul Habesch, Ricardo Celestino, Vítor Castelões Gama, Henrique Flory e Romy Schinzare.

 

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As Lições do Matador na Revista “Histórias Extraordinárias”

No primeiro semestre de 2023, a série As Lições do Matador, parte do Universo GalAxis, chega às páginas da revista Histórias Extraordinárias.

 

 

 

A revista Histórias Extraordinárias foi criada em 2020 por Mario Cavalcanti e Marcus Garrett, inspirada nas pulp magazines das décadas de 1930 e 40, e chancelada pela Editora Mundo. Atualmente, Cavalcanti e Garrett a editam em conjunto com Paolo Fabrizio Pugno. A revista publica histórias de ficção científica brasileira e horror sobrenatural e cósmico, com um forte pendor para o lovecraftiano. As seções incluem resenhas e divulgação científica, além de uma entrevista por edição. O artista Andres Ramos é o responsável por todas as capas e ilustrações internas.

O Universo GalAxis já havia comparecido no número 3, em setembro de 2021, com o conto das série Shiroma, Matadora Ciborgue “Confronto nas Alturas” — a primeira narrativa da personagem após as situações do e-book Kindle Shiroma: Phoenix Terra (2019), que marca o segundo ciclo de aventuras da personagem. Roberto Causo, criador do Universo GalAxis, foi entrevistado na mesma edição.

 

Arte de capa de Andres Ramos.

Agora, com a edição de número 6, a série As Lições do Matador será representada na revista, uma das mais importantes do cenário atual da FC brasileira. A história em questão é a noveleta “Mercenários”, que se insere no Ciclo Serviço Colonial das Lições do Matador. O ciclo se iniciou em 2020 com a publicação do conto “Garimpeiros” na antologia Multiverso Pulp Volume 2: Ópera Espacial, editada por Duda Falcão para a Avec Editora.

Nessa fase de sua vida, Jonas Peregrino, o protagonista da série, é um jovem segundo-tenente servindo a bordo do destróier Noronha sob o comando da Capitã Margarida Bonadeo. Em “Mercenários”, ele recebe a incumbência de desembarcar um grupo de seguranças privados até a superfície de uma colônia planetária da Diáspora Latina. Com eles desce uma nova embaixadora, simpática à causa dos colonos. Ao preparar a missão, Peregrino encontra dados que destoam da atitude displicente dos seguranças, e acaba se envolvendo mais de perto com a conjuntura política do planeta e o cobiçado valor comercial de alguns dos seus produtos biológicos. A narrativa é tensa e cheia de ação.

 

 

 

A mesma edição trará histórias de Octávio Aragão, Gerson Lodi-Ribeiro e Paolo Fabrizio Pugno. A história de capa é “As Moscas de Bolston”, de Mario Cavalcanti.

A edição 6 é objeto de uma campanha de financiamento coletivo no Catarse.

 

 

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“Shiroma: Phoenix Terra”, Finalista do Prêmio Argos 2021

Shiroma: Phoenix Terra

Finalista do Prêmio Argos 2021

 

Arte de capa de Carlos Rocha.

 

A noveleta Shiroma: Phoenix Terra (Editora Malean Studio, 2020), de Roberto Causo, foi um dos textos finalistas da categoria conto do Prêmio Argos de Literatura Fantástica 2021, promovido pelo Clube de Leitores de Ficção Científica.

O Argos é o mais antigo prêmio voltado para o campo da ficção especulativa no Brasil, assim como o CLFC é a nossa mais antiga associação de fãs de ficção científica. Foi fundado em dezembro de 1985 por R.C. Nascimento, autor de Quem É Quem na Ficção Científica: A Coleção Argonauta (1985), livro que fecha com uma ficha de inscrição no CLFC. No comitê do Argos deste ano, estão o presidente do CLFC, Luiz Felipe Vasques; o administrador da lista do clube, Eduardo Torres; e o escritor Gerson Lodi-Ribeiro, a pessoa com o envolvimento mais duradouro com o prêmio.

Publicado com 2020 como e-book Kindle, Shiroma: Phoenix Terra pertence à série Shiroma, Matadora Ciborgue, e é o livro de estreia da Editora Malean Studio, de Taira Yuji, o responsável pelo book design. Yuji ficou muito feliz com a indicação ao Argos, obtida com o primeiro livro da editora.

Na cerimônia virtual de revelação do resultado, realizada em 5 de dezembro de 2021, no recém-criado canal do Somnium no YouTube, contou com falas de Vasques e Torres. A noveleta concorreu na categoria Melhor Conto e ficou empatada como o texto de Edgar Indalécio Smaniotto, “Um Exoantropólogo em um Mundo Pós-Humano”, publicado na antologia 2021, organizada pelo Ciberpajé (Edgar Franco) e publicada pela Editora Marca de Fantasia. O ganhador da categoria foi o conto “Vovó Nevasca”, de Ana Lúcia Merege, publicado na antologia Simplesmente Más, pelo Selo Nebula de Lu Evans.

Outros ganhadores foram Pantrokrátor, de Ricardo Labuto Gondim (Editora Caligari), na categoria Melhor Romance; e 2021, do Ciberpajé, na categoria Melhor Antologia/Coletânea.

Roberto Causo tem certeza de que o trabalho de book design de Taira Yuji e as ilustrações de Carlos Rocha, na capa, e de Eduardo Brasil e Vagner Vargas no miolo tiveram um papel importante para chamar a atenção para a noveleta, e agradece a esses colaboradores, assim como agradece ao comitê organizador do Argos, e parabeniza os demais colegas finalistas e os ganhadores.

 

 

Shiroma: Phoenix Terra está à venda na Amazon neste link.

Você também pode ler a história como parte da revista em pdf Universo GalAxis Anual 2019, folheando ou baixando gratuitamente a revista aqui.

 

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Repercussões de “Shiroma: Phoenix Terra”

 

O primeiro e-book da série Shiroma, Matadora Ciborgue recebeu resenhas positivas em diversos blogues nacionais, desde o seu lançamento em fins de 2020.

Shiroma: Phoenix Terra é uma noveleta publicada como e-book Kindle pelo Selo Miskdo do Malean Studios, com arte de capa de Carlos Rocha e ilustrações internas de Eduardo Brasil. A diagramação de Taira Yuji prova que há espaço para um book design sofisticado, no campo dos livros eletrônicos.

 

A capa completa de Shiroma: Phoenix Terra. Ilustração de Carlos Rocha.

 

Treinada para ser uma arma humana de grandes capacidades, a ciborgue Shiroma possui biocibersistemas únicos, que despertam a cobiça da Associação Céu e Terra da Era Galáctica, uma poderosa organização criminosa com tentáculos por todas as Zonas de Expansão Humana.

Para enfrentar este sindicato do crime, Shiroma precisa de recursos financeiros. Disfarçada como estudante de arqueologia, ela vai ao estranho planeta Phoenix Terra para ver Torgo Borkien, um especialista em arte alienígena que pode ajudá-la a vender artefatos valiosos de origem misteriosa.

Mas Shiroma logo descobre que, por trás da sua ecologia monótona e da ocupação humana aparentemente tranquila, Phoenix Terra esconde uma sucessão de armadilhas e perversões.

 

Tendo lido a noveleta antecipadamente, o próprio Carlos Rocha, que faz crítica de ficção científica e fantasia no site Selo Multiversos, a resenhou ainda em agosto de 2020, afirmando:

“A noveleta abre um novo ciclo para Shiroma trazendo uma experiência de leitura semelhante a dos outros títulos do autor: narrativa envolvente, personagens sólidos e construção de um universo ficcional único e instigante… Fica então a expectativa para esse novo ciclo de histórias da personagem que irão expandir ainda mais um dos melhores universos já criados na ficção científica brasileira.”

Gilberto Schoereder, veterano editor e observador da FC no Brasil, autor do livro de referência Ficção Científica (1987), em fevereiro de 2021 tratou de Shiroma: Phoenix Terra no Portal Vimana:

“É possível conhecer bastante da história de Shiroma acompanhando essa aventura, na qual ela entra em contato com o xenoarqueólogo Torgo Borkien — um nome que me lembrou o de alguns personagens de Asimov … A existência de culturas alienígenas no universo em que se passa a ação, e, em particular, de uma cultura extraterrestre desaparecida e aparentemente representada apenas pelos artefatos, prende a atenção desde o início da narrativa.”

Crítico literário, booktuber e organizador de antologias, Davenir Viganon resenhou o e-book no seu blogue Wilbur D.: Ficção Científica, também em fevereiro de 2021. Ele avalia:

“A protagonista continua interessante e bem construída e é impressionante ver como os contos, este e os anteriores continuam repletos de escolhas acertadas da parte do autor, que não permite que Shiroma vire uma boneca sexualizada invencível que vive aventuras de ação sem sentido mas uma mulher complexa, interessante e que se desenvolve um pouco a cada conto.”

Atuando no site Ficções Humanas, Paulo Vinicius é outro crítico destacado no campo da ficção científica no Brasil. Em fevereiro, ele destacou a segurança da composição da personagem e da ambientação:

“Essa é uma narrativa de hard sci-fi, que é uma marca do autor. Ele consegue lidar com altos conceitos de ficção científica de uma maneira que parece fácil. Ao ler sua história, algo que é marcante é o quanto ele tem de background sobre o mundo e seus personagens. Os elementos de construção de mundo são precisos. Não vejo um titubeio nas frases. Não há também incoerências ou contradições. … [U]ma excelente história para trazer novos leitores a esse interessante universo. Fica a nossa vontade de saber mais a respeito de quais serão os próximos passos dela. … [U]m mergulho em uma ficção científica de alta qualidade. Causo foi muito feliz ao nos apresentar um mundo repleto de mistérios e detalhes que fazem o leitor imaginar inúmeras possibilidades.”

E Jorge Luiz Calife, nome máximo da FC hard nacional, criador do Universo da Tríade e jornalista de cultura e entretenimento junto ao Diário do Vale, destacou, também em fevereiro:

“Roberto Causo é um dos nomes mais conhecidos da moderna ficção científica brasileira. Vivendo em São Paulo ele já produziu vários contos e romances premiados. … O mais interessante nessa ficção do Causo são os mundos extraterrestres que ele imagina. Como o planeta Phoenix Terra com suas florestas cheias de um pólen que sufoca os seres humanos.”

Não deixe de ler Shiroma: Phoenix Terra, disponível na Amazon Brasil.

 

 

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