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Artista digital Sylvio Deutsch faz imagem inspirada em “Glória Sombria”

O tradutor e artista digital Sylvio Monteiro Deutsch produziu a arte “Going to Space” inspirado nas situações do primeiro romance da série As Lições do Matador, Glória Sombria, de Roberto Causo.

Responsável pela tradução de obras significativas da ficção científica, como Xenocídio e Os Filhos da Mente, de Orson Scott Card, Sylvio é também um artista digital de talento. Faz parte de uma das mais importantes “dinastias” do campo da FC no Brasil, pois é neto do escritor, editor, jornalista e tradutor, pioneiro da FC brasileira que começou sua atividade com a FC ainda na década de 1930, Jeronymo Monteiro, e filho de Terezinha Monteiro Deutsch, tradutora, autora e editora.

Em “Going to Space”, três naves militares enfrentam o desafio lançado pela imensidão do espaço. Sylvio Monteiro Deutsch produziu a imagem espontaneamente, mas ela poderá ser usada, com a autorização dele, na divulgação do Universo GalAxis.

 

"Going to Space", arte digital de Sylvio Detusch

“Going to Space”: arte digital de Sylvio Deutsch

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Publicada na Europa, Shiroma agora é internacional

O conto “Elocução Final”, da série Shiroma, Matadora Ciborgue, está na antologia A Voz dos Mundos, editada por Paulo Soriano & Valentim Fagim e publicada na Galicia pela Através Editora, de Santiago de Compostela.

 

A antologia A Voz dos Mundos, que apresenta uma bonita capa de Xúlio Zé Fernández, traz dez histórias de ficção científica com o tema linguagem. É o número 22 da coleção Através das Letras, da Através Editora. As histórias são de Roberto Causo (“Elocução Final”, parte da série Shiroma, Matadora Ciborgue), Ramón Caride (Galicia), Paulo Soriano (Brasil), Miguel Santos Vieira (Portugal), Tânia Souza (Brasil), Valentim Fagim (Galicia), Séchu Sende (Galicia), Miguel Carqueija (Brasil), Ângelo Brea (Galicia) e Vítor Lindegaard (Portugal).

O editor Paulo Soriano discute a antologia em uma entrevista dada ao Portal Galego da Língua (clique aqui), na qual declara: “Enche-me de satisfação e orgulho participar de um projeto que, aparentemente singelo, tem uma importância cultural transcendente. O galego é a parcela segregada do universo da língua portuguesa. É o ‘pedaço de mim’, é a ‘metade amputada e mim’. Temos aqui uma contradição imensa, jamais vista, creio, em qualquer lugar do mundo e em qualquer momento da sua história: a Galiza pare a língua, amamenta-a, seu rebento cresce, amadurece, enrica-se, espalha-se no mundo todo e depois… repudia-se a mãe… Contribuir para pôr os pontos nos ii, para deixar bem claro que a língua portuguesa tem diversas variedades e que a mais antiga delas é justamente o galego é um sonho que agora se realiza. E de uma forma que convém plenamente aos meus gostos e esforços literários: por via de um livro de ficção científica reunindo ótimos autores de ambos os continentes. E editores, também.”

Soriano observa que na antologia “encontraremos, sim, temas tradicionalmente explorados na ficção científica. O conto de Roberto Causo, por exemplo, tem por protagonista um ciborgue adolescente. Há naves espaciais e alienígenas em diversas das narrativas. Mas o nosso livro louva-se, também, da peculiar abordagem de outros ramos do conhecimento humano, como a Arqueologia, a Paleografia e — naturalmente — a Linguística. Não direi mais, para não subtrair a surpresa ao leitor.”

“Elocução Final” também está no livro Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil, 2015), mas foi escrito originalmente para a antologia de Soriano & Fagim. Acabou sendo um conto central para o arco narrativo que dá forma ao primeiro livro de Shiroma — que desse modo chega pela primeira vez à Europa.

 

A antologia "A Voz dos Mundos"

A antologia A Voz dos Mundos

 

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Shiroma é a “mulher biônica brasileira”, segundo Jorge Luiz Calife

Em nota publicada no jornal Diário do Vale, o escritor de ficção científica Jorge Luiz Calife, “Pai da FC Hard Brasileira”, chamou Shiroma de “a mulher biônica brasileira” e a comparou à espiã Brigitte Montfort, personagem imortalizada na história da ficção pulp brasileira em centenas de pinturas do artista Benício.

Titular da cobertura cultural do Diário do Vale, Jorge Luiz Calife repercutiu o lançamento de Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil; 2016), de Roberto Causo, na divertida matéria “A Mulher Biônica Brasileira Ganha a sua Antologia” de 25 de julho de 2016.

Shiroma Matadora Ciborgue

Arte de capa: Vagner Vargas

Shiroma, Matadora Ciborgue é o mais novo livro do escritor Roberto de Sousa Causo … um dos autores mais conhecidos na nova ficção científica brasileira”, escreve Calife. “Sua especialidade são temas militares, e aventuras espaciais. Publicando pela Devir, Causo criou uma aventura de guerra espacial passada no século XXV envolvendo vários heróis brasileiros. Já comentei aqui sobre o primeiro livro da série, Glória Sombria, onde o comandante Jonas Peregrino enfrenta um ataque de robôs alienígenas nas colônias espaciais da Terra.”

O autor da Trilogia Padrões de Contato, obra clássica da FC hard brasileira, observa que, no “universo do Causo as viagens interestelares já se tornaram comuns e a humanidade colonizou vários planetas, apesar de enfrentar a oposição de um exército de robôs alienígenas. Seres humanos modificados por implantes biônicos são muito comuns neste universo. Em Glória Sombria o herói captura uma espiã de busto farto e descobre que os seios turbinados da mulher ocultam instrumentos de espionagem eletrônica. Shiroma, a assassina ciborgue, não tem esse equipamento, mas é tão cheia de componentes eletrônicos quanto a antiga mulher biônica da televisão.”

Calife também menciona a ilustração de capa, “de autoria do artista Vagner Vargas, que também fez a capa dos livros deste que vos escreve. E mostra a personagem no seu ambiente. O mundo de gravidade zero das naves espaciais e das armas de raios laser do futuro. Causo talvez não saiba, mas sua Shiroma é uma espécie de sucessora da Brigitte Montfort, uma espiã assassina que fez sucesso nos livros de bolso da Editora Monterrey, durante as décadas de 1960 e 1970. A diferença é que a Brigitte não contava com os acessórios e as armas futuristas da personagem do Roberto. Sem falar que o texto do Causo é muito melhor.”

Brigitte pertencia à CIA, a agência de espionagem americana, mas foi uma personagem criada no Brasil (que ela visitava com frequência) e representada como uma bela morena em centenas de capas pintadas pelo mestre da ilustração, Benício. As suas aventuras foram escritas, na maioria, por um escritor pulp espanhol, Antônio Vera Ramirez, que assinava “Don Carrigan”. Os livros da série ZZ7 eram estrelados por Brigitte e lançados pela Editora Monterrey, do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1960 e 1990, com várias reedições. Também foi publicada na Espanha. Algumas das capas de Benício feitas para ela remetiam à ficção científica.

 

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“Shiroma, Matadora Ciborgue” resenhado no último “Guia da Folha”

Shiroma Matadora Ciborgue

Arte de capa: Vagner Vargas

O renomado escritor Nelson de Oliveira, autor dos romances Poeira: Demônios e Maldições e Subsolo Infinito, fez uma resenha da coletânea Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil, 2015), de Roberto Causo. A resenha apareceu no “Guia Livros, Discos, Filmes” da Folha de S. Paulo, edição de 30 de abril de 2016. Essa foi, infelizmente, a última edição do guia, criado para a Folha pelo crítico literário Manuel da Costa Pinto. Enquanto existiu, o guia escalava personalidades literárias e artísticas de importância reconhecida para escrever resenhas breves de obras nacionais e estrangeiras. Vai deixar saudades.

Na resenha, Nelson de Oliveira escreve: “A capa não deixa dúvidas: um livro de ficção científica. Para piorar: de um autor brasuca. Um autor insistente — afinal, Roberto de Sousa Causo vem publicando regularmente, aqui e lá fora, desde 1989.

“Na cabeça de muito leitor, a insistência na ficção científica (assunto de gringo?) só pode significar uma coisa: dólares, centenas de milhares. Garantimos que não. O autor não enriqueceu, longe disso. Mas conquistou posição central no círculo mais externo de nossa literatura. Porque a ficção científica, saibam, sempre foi a nossa ‘literatura’ marginal.

“Shiroma é uma pós-humana: uma garota geneticamente aperfeiçoada, com implantes biocibernéticos e inteligência incomum. É também uma das personagens femininas mais interessantes da contística atual, em tempos de igualdade de gênero e empoderamento da mulher. Ela protagoniza 11 contos de ação e reflexão, em que se entrelaçam perenes conflitos sociais e morais, tangidos por uma tecnologia ‘indistinguível da magia’, como diria Arthur C. Clarke.”

 

O último guia

O último guia

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Escritor Carlos Rocha resenha “Shiroma, Matadora Ciborgue”

“Shiroma, Matadora Ciborgue” vem recebendo resenhas elogiosas na Internet

 

O escritor Carlos Rocha é muito ativo como crítico literário do site Selo Multiversos Editorial, dando muita atenção à presente produção brasileira de ficção especulativa. Em abril de 2016, ele resenhou Shiroma, Matadora Ciborgue (Devir Brasil, 2015), de Roberto Causo, o primeiro livro de histórias da heroína que partilha com Jonas Peregrino o Universo GalAxis.

 

Rocha começa admitindo que não tem lido muita ficção científica ultimamente, mas que, tendo resenhado o primeiro romance de Causo, A Corrida do Rinoceronte (Devir Brasil, 2006), e algumas de suas histórias dentro da série de fantasia heroica, a Saga de Tajarê, dirigiu seu interesse à coletânea com as aventuras de Shiroma.

Shiroma Matadora Ciborgue

Arte de capa: Vagner Vargas

“Li o suficiente de romances de autores estrangeiros de FC para dizer que Shiroma, Matadora Ciborgue, é um bom livro e que poderá agradar muito aos fãs de ficção científica”, Rocha escreve na sua resenha perceptiva e elogiosa.

E ainda: “[Protagonizado] por uma anti-heroína, letal assassina trans-humana, no caso, uma ciborgue, o livro é organizado numa sucessão de contos cronologicamente relacionados e que acabam dando ao conjunto da obra um aspecto de romance, mas com narrativa episódica. Entende-se que o autor, quando criou a obra, o fez por partes e ao longo do tempo, um conto de cada vez, até que a soma deles veio a configurar uma única publicação. Este fato leva à presença de alguns trechos com recapitulações, dentro de cada conto, mas que não chegam a incomodar.

“A ambientação é bastante interessante. Os contos se passam no século XXV, num futuro em que a raça humana está em expansão, colonizando mundos em zonas relativamente próximas à Terra. Neste cenário, há forte influência de corporações na política. Há registro de outras civilizações e raças inteligentes, mas que nesses contos, isso tem pouca relevância. Exceto por um dos contos, em que a assassina interage com uma interessante dupla de gneifohros, alienígenas inteligentes que lembram cães. Este livro ocorre no mesmo universo ficcional (GalAxis) do romance Glória Sombria e de outros tantos contos e noveletas…”

 

Conheça mais da avaliação de Carlos Rocha

“O livro começa com um conto de origem, protagonizado pela mãe de Shiroma, Mara Nunes, também uma ciborgue, mas de um modelo menos avançado. E daí para frente, seguimos a trajetória da filha, Bella Nunes. O tema central dos contos são as missões de Shiroma como assassina e o impacto disto em sua psique, de algum modo frágil, e sua própria forma de lidar com sua situação: a de ser uma espécie de prisioneira nas mãos de uma dupla de criminosos, Tera e Tiago, que são personagens recorrentes na trama. Em meio à ação, intrigas e perigos mortais, a protagonista tenta traçar seu próprio destino e se recuperar do trauma de ter sido tirada de sua mãe e de sua terra natal, além de perder a própria identidade e seu nome. Um dos aspectos instigantes da obra são os dilemas morais enfrentados por Shiroma.

“Shiroma é um tipo de ciborgue de tecnologia mais avançada e ainda desconhecida para o grande público, que mistura avanços nanotecnológicos e genéticos. Treinada desde criança para se tornar uma assassina implacável, há algo de humano que ainda ressoa em seu interior e que a impede de simplesmente agir sempre do modo que seus captores desejariam.

“Os contos possuem tonalidades diferentes, mas com um fio condutor em comum. Exceto um deles, no qual a protagonista não possui uma participação direta, sendo este tratado do ponto de vista de outros personagens, enquanto as ações de sua atuação são investigadas. E isso permite ao leitor um vislumbre diferente de outros aspectos constantes desta ambientação.

“Gostei o bastante para decidir que uma de minhas próximas leituras será o romance Glória Sombria, protagonizado pelo herói Jonas Peregrino, que é citado em um dos contos desta obra.”

 

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