O Prof. Edgar Smaniotto, da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista, disponibilizou no seu site pessoal resenha de Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador, de Roberto Causo, antes publicada na revista Perry Rhodan Volume 23, em abril de 2016.
Smaniotto abre a resenha tratando do autor: “Roberto de Sousa Causo é um prolífico escritor e crítico literário de literatura especulativa, tem obras (livros, contos, noveletas) escritas em diversos subgêneros, que vão da fantasia heroica à ficção científica hard. Causo investe também em dois subgêneros que são pouco afeitos aos escritores brasileiros, a ficção ufológica e a ficção de guerra futura. Por ter grande interesse tanto em ufologia quanto em estudos sobre guerra, sempre fui um leitor atento à obra de Roberto Causo.”

Arte de capa de Vagner Vargas.
Em Glória Sombria (Devir Brasil, 2013), o primeiro romance da série As Lições do Matador, Smaniotto identifica: “batalhas espaciais ao estilo próprio da space opera; explicações científicas para a tecnologia e descrição do cenário espacial com bastante rigor técnico e científico, típicos da literatura hard; e uma preocupação com a descrição de armamentos e táticas de batalhas, que geralmente encontramos em romances de guerra futura. Uma composição mais ou menos equilibrada de aventura, ciência e militaria capaz de contentar até o leitor mais exigente.”
Dirigindo-se aos leitores da revista Perry Rhodan, Smaniotto observa que “Causo criou um universo ficcional de expansão da espécie humana e contato com entidades alienígenas que podem lembrar ao fã de Perry Rhodan os primeiros ciclos da série …” E ainda, que a “leitura de Glória Sombria certamente não desapontará o leitor de Perry Rhodan ou leitores acostumados com ficção científica hard e militar em geral. Um dos pontos fortes do livro, inclusive, é a preocupação do autor com os dados técnicos de armamentos, naves espaciais e hierarquia militar, um estilo de contar uma boa historia que eu realmente aprecio nos textos de Causo.”
A resenha foi disponibilizada no site de Edgar Smaniotto em 21 de outubro de 2017. O texto completo da resenha você encontra aqui.


Causo participou no painel “Bate Papo Sobre Ficção Científica Literária”, que reuniu também o editor e promotor cultural Silvio Alexandre, o ator e roteirista de quadrinhos e cinema Felipe Folgosi, e o moderador César Augusto. O centro da conversa foi a situação atual do mercado para literatura e quadrinhos de FC no Brasil, o papel do financiamento coletivo (crowdfunding) como alternativa de obtenção de recursos, quais preconceitos sofre o autor nacional, se a ascensão da “cultura nerd/geek” teve impacto na área, e como a FC brasileira e o próprio país lidam com as questões de ciência e tecnologia, em comparação com os países desenvolvidos. Houve boa participação da plateia — uma pessoa lembrou-se, inclusive, de Causo na Isaac Asimov Magazine: Contos de Ficção Científica (1990-1993). Folgosi pôde falar da sua história em quadrinhos Aurora, que Causo teve chance de resenhar no site do
Finisia Fideli fez parte do painel “Mulheres que Fizeram Jornada”, ao lado de Fabíola Forchin, Aino Alex, e Karol Souto, com mediação da oficial klingon Nair Flores, do Star Trekkers. É bom lembrar que foi Finisia quem, em tempos modernos, lá em 1996, inaugurou o questionamento da situação da mulher na ficção científica. O foco então — e desde então — foram os estereótipos femininos e o que eles denunciam do pensamento machista ou patriarcal de escritores, roteirista e editores. Felizmente, o painel na TrekkerCon escapou desse assunto já um pouco cansado. As mulheres no painel falaram sobre como o universo de Star Trek e a ficção científica fizeram parte da sua formação, a importância das mulheres na franquia, as dificuldades que as mulheres sofrem na comunidade de fãs de ficção científica, e o cosplay no dia a dia. Chamou a atenção a atitude positiva, pró-ativa e orgulhosa das mulheres, que não dão uma ênfase tão grande às cretinices masculinas, do que a militância formada nas redes sociais costuma dar. Talvez por serem todas elas profissionais independentes, cada uma com o seu próprio negócio. Pena que a conversa foi curta. Finisia sorteou um exemplar da antologia Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica (Devir Brasil, 2007), que traz o seu conto clássico “Exercícios de Silêncio“, de 1983.











