Armas e Veículos do Futuro

NAVES ESPACIAIS

 

NPA-01 Balam

A Balam é uma nave da classe “Jaguar”, criada no âmbito da Esquadra Latinoamericana da Esfera para embasar as atividades de operações especiais do 28.º Grupo Armado de Reconhecimento Profundo, unidade planejada e constituída por Jonas Peregrino. A classe Jaguar é uma transformação e repotencialização de vasos da classe “Antilhas”, originalmente como naves de patrulha espacial.

O desenho esguio das naves Jaguar é marcado pela enorme estrutura em delta vertical na popa, para projeção do casco energético; o passadiço saliente — com dois conveses de comando — na proa; e as incomuns baterias de canhões no estreitamento a meia-nau. Com a repotencialização, as naves Jaguar receberam modernos conjuntos de sistemas de comando, controle e comunicação das fragatas da classe “Marajó” e canhões de caças CE-428F Carcará. Os canhões de alta energia M70 têm pulso mais rápido e potência 8,5% superior aos das fragatas Marajó, peso 11% inferior, módulos de reparo e substituição 26% mais rápidos no diagnóstico, e 23,5% mais rápidos nas substituições. São no total 13 baterias M70 (uma delas montada na proa) na configuração básica da classe Jaguar (apenas 10 na versão nave-hospital), que também receberam oito baterias de canhões M62, de potência reduzida, destinados a defesa aproximada e tiro dirigido a alvos de superfície.

Sua equipagem padrão é de 42 tripulantes, e uma nave Jaguar conta com quatro lanchas com gerador de campo hipercavitador para penetração atmosférica, capacidade para três tripulantes e oito passageiros, e gerador de tunelamento de curta distância. Além disso, possui 16 casulos de evacuação de emergência, com capacidade para três pessoas.

A nova classe conta com dez reatores de plasma vetorizáveis na popa, localizados na metade inferior da espaçonave, parte que concentra a maior massa do vaso: onde estão localizados motores, geradores, maioria de canhões e hangares, sistemas de suporte e provisões (enquanto a metade superior concentra alojamentos e áreas comuns dos tripulantes). Com essa configuração de impulsores — somados aos quatro localizados na proa para frenagem e mudança de curso —, a nave Jaguar conta com agilidade ímpar dentre os vasos da sua tonelagem.

[Veja o livro Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador]

E-71c Albatroz

A nave operadora de comunicações E-71c Albatroz — também chamada de “Porco-Espinho” em razão da sua profusão de antenas — é uma plataforma de sensores sub e ultraluminais, com capacidade para comunicações, comando e controle no nível de flotilha ou esquadra. Com uma tripulação de 12 indivíduos, em combate o Albatroz fornece informações em tempo real aos comandantes operacionais, visando controle tático superior. O enorme sensor circular SAE-33 sobre o dorso do aparelho propicia cobertura global de recepção e emissão em faixas ansívicas e neutrino-taquiônicas, codificadas ou não.

Na Esquadra Latinoamericana da Esfera a versão “71c” é um bi-reator dotado de computadores, sensores e sistemas de última geração e capacidade para extensões de sensores ou armas defensivas em pods transportados sob as duas “asas”. Na doutrina da ELAE o Albatroz forma o núcleo do Grupo de Observação-e-Comunicações, que se completa com dois caças RAE-428r Olho de Carcará, versão de reconhecimento de longa distância do caça estelar Carcará, com três tripulantes cada.

A atuação do Porco-Espinho agregado ao 28.º Grupo Armado de Reconhecimento Profundo foi fundamental na primeira etapa da Batalha da Ciranda Sombria em Tukmaibakro, e durante as manobras do Pelotão de Operações Especiais do 28.º GARP no que ficou conhecido como “Incidente Firedrake“.

[Veja Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador e Mestre das Marés]

GuardsMan L19 Dasher

Versão menor e de baixo custo do famoso iate espacial L15 Flasher, a L19 Dasher é uma lancha civil para sete pessoas, embora possa ser pilotada por apenas um tripulante. Construída pelos estaleiros GuardsMan-Pershing em Noctis Labyrinthus, na zona equatorial de Marte, é habilitada para tunelamento complexo e tem autonomia de 1600 anos-luz ou trinta Terradias em trânsito, com a lotação plena. Tem 28 metros de comprimento, três conveses e três casulos infláveis de sobrevivência. As superfícies interiores são cobertas com acabamento plástico auto-higienizável. As vigias são amplas e de contornos fluídos, assim como os painéis, as luzes de controle, as telas e os assentos. Muito comum nas três zonas principais de expansão e popular na maioria dos blocos políticos, o Dasher apresenta boa capacidade de operação em invólucro atmosféricos, em hipervelocidades ou não, graças a um eficiente campo hipercavitador nível 4.

A versão utilizada por Shiroma foi modificada pelo misterioso casal de operadores secretos conhecidos como Tera e Tiago, para incluir sensores sofisticados, consoles médicos com programas militares de última geração e robôs-médicos, e sistemas de armamentos ocultos que incluem dispositivos furtivos.

Shiroma utilizou a Dasher em sua missão no planeta Polar 3, localizado no sistema estelar Vega (na Zona 2 de Expansão Humana), sob o controle federativo da Aliança Transatlântico-Pacífico. Com ele, Shiroma transportou para a cidade de Americana em Polar 3, os gneifohros SesSousVerRr SosN e SiesFfssRr. Os gneifohros são uma espécie oriunda de um mundo da Zona 3, no sentido externo do Braço de Órion. [Veja o conto “Cheiro de Predador”]

Tera e Tiago usaram o Dasher, com número de matrícula diferente, para resgatar Shiroma da superfície do planeta Reiboro, na Zona 3, quando a matadora ciborgue enfrentou uma pirata espacial. [Veja o conto “Arribação Rubra”]

Depois da ação no asteroide da empresa Sycorax no sistema Epsilon Crucis, uma estrela do Cruzeiro do Sul, Shiroma livrou-se do falso cargueiro que servira de disfarce até que ela abordasse o asteroide, e voltou a recorrer ao Dasher em operações subsequentes. [Veja o conto “Tempestade Solar”]

No planeta volante em que se passa a maior parte das situações da noveleta “Renegada”, o Dasher se mostra capaz de realizar o voo autônomo com plano de voo pré-estabelecido.

LA-9E Marlin

Produzida secretamente nos estaleiros da Esquadra Latinoamericana da Esfera, no planeta Pachacutec na Zona 4, o LA-9E Marlin é uma lancha de ataque especialmente concebida para ser um Penetrador Planetário de Ação Direta, integrada ao 28.º Grupo Armado de Reconhecimento Profundo. O Marlin é esguio e streamlined como o peixe-espada que lhe empresta o nome.

O Marlin não apresenta sinais externos da presença de armamentos, e seus sensores militares emitem o mínimo possível de radiação, mascarada pelos reatores de modo a passar como um vaso civil, seja em voo ou pousado num espaçoporto ou em espaçonave hospedeira. Com o apertar de uma tecla no console tático localizado no estreito passadiço, painéis se abrem e casulos e canos se projetam para fora em um segundo. As armas embutidas limitam severamente o espaço interno, de três conveses.

O Marlin é dotado de um domo lançador de torpedos de plasma, e um campo hipercavitador atmosférico nível 6 que permite a penetração da atmosfera em hipervelocidades sem contato das moléculas do ar com o casco do Marlin, que não produz nem mesmo um estrondo sônico, não importando a densidade atmosférica. Esses geradores de campo HCA têm eficiência superior para garantira a furtividade do Marlin como penetrador planetário.

[Veja a noveleta “Tengu e os Assassinos”]

Gric Nimbryi

Construído nos estaleiros estatais da colônia folsoriana instalada no planeta Sodnebryi, na Esfera, o Gric Nimbryi é um misto de flutuador atmosférico e orbitador de médio alcance, concebido como veículo de transporte pessoal e de recreação. Possui certificação ambiental plena para os critérios reguladores da Diáspora Latinoamericana, e pode ser empregado em planetas colonizados por humanos, com customização direta nos estaleiros de origem ou por meio de kits oferecidos no mercado. Seu compacto e eficiente gerador de campo de hipercavitação limita, por razões de segurança, sua velocidade máxima em atmosfera terrestroide a Mach 3.5. Sodnebryi tem 75% de sua superfície terrestre coberta por desertos e savanas subdesérticas, mas mesmo assim os folsorianos mantém extensos corredores ecológicos mesmo na capital Mambaa, como a figura mostra.

 

 

Armas Manuais

Carabina de Agulha NC-12.

Produzida por vários fabricantes no âmbito da Aliança Transatlântico-Pacífico, a carabina de agulha NC-12 dispara projéteis muito finos por um projetor eletromagnético a altíssimas velocidades, garantindo grande força de impacto e, dependendo do material empregado no projétil, também de penetração. Um carregador tubular sob o projetor eletromagnético armazena até 70 projéteis dispostos em espiral. Seu alcance efetivo é inferior a 200 metros. Apesar disso, “armas de agulha” como a NC-12 são muitas vezes favorecidas em ambientes fechados com suporte de vida integrado, como astronaves e estações espaciais, pois tendem a causar menos danos do que armas de alta energia. Na imagem: recruta Minuteman com a carabina NC-12.