Conheça um pouco sobre as espécies alienígenas do Universo GalAxis
Os Tadais
Pouco se sabe sobre esses mortíferos alienígenas que são o principal antagonista da série As Lições do Matador. Veja link específico sobre eles aqui.
Outros Alienígenas de Capacidade Interestelar
O Povo de Riv
Uma das espécies alienígenas mais importantes do universo combinado das Lições do Matador e de Shiroma, Matadora Ciborgue, o Povo de Riv é o principal aliado da Latinoamérica na Esfera. Ninguém conhece o seu mundo de origem, sabe-se apenas que está localizado fora da Esfera. A localização do seu mundo natal é segredo de estado para eles. Mas não escondem que evoluíram em um planeta sem luas que o estabilizassem, e cujo eixo de rotação oscilava tremendamente ao longo dos milênios. As mudanças colocavam as formas de vida locais sob stress constante. A maioria das formas de vida havia desenvolvido uma complexa plasticidade genética, com adaptações que eram disparadas em poucas gerações por mecanismos evolutivos embutidos no equivalente alienígena de seus genomas. Mas algumas conformações físicas eram assumidas no tempo de vida de um mesmo indivíduo, como uma espécie de metamorfose. Dotados de notável polimorfismo, os membros do Povo de Riv eram xenomamíferos que, sob as condições certas, hibernavam por alguns Terrameses para emergir transformados de quadrúpedes com um par de membros superiores, em bípedes com dois pares de membros superiores.
Riv foi o lançador de uma filosofia religiosa voltada à paz e à harmonia com o universo, e o formulador das diretrizes de como o Povo de Riv deveria se expandir pela galáxia. O resultado é uma força política discreta, capaz de colaborar com as mais diversas espécies alienígenas, embora mantendo uma postura muito estrita sobre o que consideram correto ou incorreto nas práticas de política galáctica. Para a Latinoamérica, o Povo de Riv transferiu tecnologia médica e militar defensiva.
O Povo de Riv é mencionado pela primeira vez na noveleta “Descida no Maelström”, e em “A Alma de um Mundo” Jonas Peregrino tem a chance de travar contato com o comandante militar Issralz-Ria, um “hoplita” (casta militar) do Povo de Riv.
Aaradereses
Na imagem, macho da espécie aaraderê. Alcançando altura máxima de 1,70 metro, os aaraderês são alienígenas inteligentes naturais da Zona 3 mas com presença na Esfera. Definidos como xenomarsupiais com traços felinos e antropoides, os aaraderês têm o hábito de se vestirem apenas para o exercício de funções técnicas. Embora quase invariavelmente seu pelo seja castanho avermelhado, um tecido epidérmico livre de pelos cobre peito e ventre, palmas das mãos e solas dos pés, axilas e uma pequena seção tátil da cauda, apresentando um leque de cores que vai do rosa quase branco até o negro mais profundo. Um raro gene recessivo às vezes faz com que um dos pontos desse tecido epidérmico apresente uma cor diferente dos outros.
Em função militar os aaraderês operam em pequenos vasos que se unem em “pencas”, no jargão da Esquadra Latinoamericana da Esfera, cada um composto de tripulações de três a cinco indivíduos. Os aaraderês são muito gregários, mas atuam melhor em equipes pequenas. Eles foram primeiro mencionados no livro Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador.
Dahomeys
Esta espécie alienígena nunca fez contato com a humanidade. Os restos xenoarquológicos de sua civilização foram encontrados no planeta Argos na Zona 3, sob supervisão da Aliança Transatlântico-Pacífico. Elas foram batizadas assim pelo arqueólogo africano Dr. Maga Boni. As “Amazonas Dahomeys”, ou “Mino”, foram uma sociedade de mulheres guerreiras de Benim, surgida na África no século XVIII, bem antes da Era Espacial. Boni as chamou assim porque, segundo todos os indícios, a sociedade delas em Argos havia excluído o macho da espécie. O exame dos restos funerários mostrou que elas não evoluíram como um único sexo partenogênico. A reprodução sexuada fazia parte de sua constituição genética, mas em Argos elas haviam optado, ainda sem que se saiba exatamente por que, pela reprodução artificial apenas do sexo feminino. Pouco após a apresentação da hipótese, surgiu o movimento utópico feminista radical liderado por Cybele Stasinopoulos até a sua morte durante o Grande Atentado — quando também foi morto o eminente xenoarquelógo Yoshio Teh. Em nenhum outra parte da Zona 3 foram encontrados restos de sua civilização, embora se suspeite que ela não fosse natural de Argos. Dotadas de uma beleza feminina exótica e misteriosa, as dahomeys de Argos continuam a inspirar outros movimentos pelas diversas Zonas de Expansão Humana.
Foram primeiro mencionadas na história “Os Fantasmas de Lemnos”, uma aventura de Shiroma.
Fahdari-gohr, ou falsos-tadais
Os fahdari-gohr são um povo sem pátria. Ciganos das estrelas, chegaram à Esfera muitos milhares de Terraanos no passado, ninguém sabe de onde. Os tadais os caçavam implacavelmente, até que o Povo de Riv passou a protegê-los. Seus carroções são naves de Riv emprestadas, suas tendas de ciganos são domos infláveis nunca levantados por mais do que uma geração, pois qualquer planeta em que estivessem seria alvo prioritário dos tadais. Eles não têm desejo de saírem da Esfera, onde empenham uma eterna busca pelos rastros do seu passado.
Sua morfologia é muito semelhante à dos tadais, daí a alcunha de “falsos-tadais”. Os fahdari-gohr são na verdade biologicamente aparentados aos tadais, assim como chimpanzés e gorilas partilham parte dos seus genomas com os humanos. Neste caso, num processo perdido nas brumas do tempo, eram duas espécies sencientes que haviam se ramificado — talvez enquanto já haviam desenvolvido inteligência, tecnologia e voo espacial. Segundo o Povo de Riv, os fahdari-gohr foram tratados como raça inferior pelos dominantes niz-gohr — os tadais, na língua do Povo de Riv –, submetidos, escravizados e forçados ao exílio.
Os fahdari-gohr são mencionados pela primeira vez na noveleta “A Alma de um Mundo”, na qual Jonas Peregrino tem de protegê-los de um grupo de Minutemen, uma forma militar trans-humana de elite que planeja capturá-los e transferi-los à Aliança Transatlântico-Pacífico, para que sua semelhança biológica com os tadais fosse investigada.
Folsorianos
Alienígenas humanoides, os folsorianos habitam há milênios a Esfera e as regiões mais distantes do Braço de Crux e de Sagittarius. A forma que usam para se designarem é privilégio apenas dos membros da sua espécie, e por isso são chamados pelos humanos a partir do primeiro embaixador da humanidade a travar contato com eles, Celia Folson, da Euro-Rússia. Os folsorianos tendem a respeitar muito a biosfera dos planetas por eles colonizados, construindo suas cidades preservando corredores de vida animal e vegetal mesmo em regiões desérticas ou polares. Seu principal planeta administrativo na Esfera é Tuviam-Maas.
Sua cultura é baseada no controle de narrativas coletivas e individuais, e da interpretação de sua simbologia. Empregam para isso uma forma mista de dispositivos oraculares, combinando especialistas de sua espécie, com complexos softwares. Em Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador, estaleiros folsorianos dentro da Esfera foram responsáveis pela transformação das naves da classe “Antilhas” na nova classe “Jaguar”, base do 28.º Grupo Armado de Reconhecimento Profundo, comandado por Jonas Peregrino.
Os folsorianos foram primeiro mencionados na noveleta “Descida no Maelström”.
Gneifohros
Originários da Zona 3 de Expansão Humana, no sentido externo do Braço de Órion, os gneifohros são alienígenas de 1,20 metro de altura quando adultos, corpos cobertos de reluzentes pelos negros, de longos focinhos na ponta de crânios também alongados. Apoiam-se nos membros traseiros, e sua postura é sempre inclinada para a frente, com uma cauda musculosa funcionando como contrapeso. Geralmente, dispensam o uso de vestimentas. A vocalização dos gneifohros é feita de silvos e sibilos, a maior parte infrassônicos. O sentido do olfato é importantíssimo para eles, para quem os Aromas de Identidade têm matrizes minerais, vegetais e animais, num registro de seiscentos e doze cheiros animais, mil e vinte e três cheiros vegetais, e trezentos e oitenta cheiros minerais.
Os gneifohros são mencionados pela primeira vez no conto “Cheiro de Predadora”, uma aventura de Shiroma, em que ela usa as habilidades olfativas de dois refugiados gneifohros, SiesFfssRr e SesSousVerRr SosNr, para encontrar o seu alvo em Polar 3, o planeta principal da estrela Vega, na Zona 2.
Maracs e Tximaracs
Alienígenas, maracs e tximaracs têm sua atuação restrita a um pequeno setor da Zona 3 de Expansão Humana. Estão em guerra a inúmeras gerações, e as potências humanas decidiram não intervir no conflito, embora algumas forças escusas e piratas e contrabandistas de armas humanos tenham atuado entre eles. Em ruínas cobertas de vegetação de uma antiga civilização instalada no planeta Reiboro, Neftaim Zibeon, o xenoarqueólogo vindo de Nova Jafa, determinou que a razão da guerra sempre foi étnica. A solução final encontrada pelos maracs foi depurar, e então engendrar geneticamente diferenças cada vez maiores, até que os maracs se tornassem mais do que uma raça pura, mas uma espécie distinta dos tximaracs.
Maracs e tximaracs foram mencionados pela primeira vez no conto “Arribação Rubra”, uma aventura de Shiroma.
Mukbukmabaksai
Os mukbukmabaksai são alienígenas encaparaçados, habitantes de vários mundos da Esfera. São escavadores blindados com carapaças naturais, que vivem no subsolo dos mundos que colonizam, por isso a preferência por planetas de certa riqueza mineral, mesmo que em detrimento daqueles com atmosferas tipo Terra. Importantes mineradores dessa região da galáxia, os mukbukmabaksai foram uma das primeiras inteligências da Esfera a se aliarem à Latinoamérica, e são um dos principais fornecedores de matéria-prima mineral. Eles precisam de operários para os seus grandes projetos de habitações subterrâneas e de mineração, e esses operários existem na base de uma pirâmide social perversa: a divisão de classes deles compreende uma concentração de indivíduos geneticamente “desejáveis” nas camadas mais altas, com direitos ilimitados à procriação e à educação, e na base da pirâmide aqueles com poucas chances de comunicarem os melhores genes para o futuro.
Originários de sistemas estelares com astros muito ativos, desenvolveram uma civilização de escavadores para se protegerem da atividade solar, mas seus genes também tiveram que se blindar para compensar o impacto da radiação mutagênica. Desenvolveram soluções biológicas internas que anulam a maior parte das mutações. Mas com o surgimento de uma tecnologia de proteção mais eficaz, o sistema perdeu estabilidade, tornando-os geneticamente pouco flexíveis.
Na Batalha da Ciranda Sombria, narrada no livro Glória Sombria: A Primeira Missão do Matador, a missão de Jonas Peregrino é permitir que os colonos mukbukmabaksai do planeta duplo Kro-2, no sistema Tukmaibakro, tenham as melhores chances de uma evacuação segura, quando Kro-2 é atacado por uma armada de naves-robôs tadais. A mensagem de socorro do operário mukbukmabaksai chamado Vrudnktko motiva Peregrino a lutar até o fim para cumprir a sua missão, mesmo quando os dirigentes alienígenas já desistiram dos seus subalternos. Inspirado por sua ação, um movimento de direitos civis irrompeu entre esses alienígenas.
Os mukbukmabaksai foram primeiro mencionados na noveleta “Descida no Maelström”.
Tuiutineses
Suspeita-se que os tuiutineses são originais de mundos de metano e hidrogênio, bem diferentes de planetas como a Terra. Ninguém conhece seu mundo de origem, nem a sua conformação física, já que eles se locomovem pelos mundos habitados da Zona 3 e da Esfera em habitáculos individuais flutuantes conhecidos como gassers. Nas raras ocasiões em que o gasser é fatalmente danificado, um comando de auto-destruição aniquila todos os traços dos seus sistemas cibernéticos e do tuiutinês em seu interior.
Os tuiutineses previram que ações futuras dos tadais colocarão em risco todo o setor da galáxia conhecido como a Esfera, e além, ameaçando a própria sobrevivência dos tuiutineses. Um plano foi elaborado por eles para encontrar meios de frustrar o plano dos tadais. Mas para isso eles precisarão da ajuda dos humanos.
Os tuiutineses são extremamente rígidos em suas regras de não interferência perante espécies e ecossistemas alienígenas, exigindo o mesmo dos povos inquilinos dos planetas que eles franqueiam à colonização por outras espécies inteligentes. Eles aparecem com proeminência na “Operação Tengu”, comandada por Jonas Peregrino no planeta Fruto do Sol, onde Peregrino trava contato com o tuiutinês Primsak. A aventura é narrada na noveleta “Tengu e os Assassinos”, na qual Shiroma também faz uma aparição.
Tupuganameses
Os tupuganameses são naturais da Esfera, conhecidos por seu extremo dimorfismo sexual, no qual o macho existe como um parasita no corpo da fêmea. Indivíduos machos e fêmeas são gerados ao mesmo tempo por arranjo familiar prévio, e o macho é inoculado na fêmea, que, ao longo da vida do casal, proporciona a ele nutrição e locomoção. Embora os dotes intelectuais das fêmeas sejam substanciais, eles são em geral canalizados para questões práticas — militares, técnicas e científicas –, enquanto os machos se dedicam à filosofia e às artes. Mesmo sendo necessário aos machos o emprego do aparelho fonador das fêmeas, ao longo de Terrasséculos eles levaram adiante o movimento traduzido como “Liberdade de Amar”, que lhes deu a possibilidade de trocar de parceiras — mesmo sendo necessário para isso um complexo procedimento médico-cirúrgico. O macho tupuganamês nunca se dirige a alienígenas, e nas tratativas permanecesse catatônico, na sua ligação com a fêmea. Por isso é que o Almirante Túlio Ferreira observou na noveleta “Trunfo de Campanha”: “O compquântico me tirou de uma reunião com a adida militar tupuganamês e o seu calado marido.”
Os tupuganameses foram, contudo, mencionados pela primeira vez na noveleta “Descida no Maelström”.